Samba e amor

Tenho muito sono de manhã

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Conversinha pós-jogo do Brasil

A: Quando vi, uma hora da tarde e eu já tava bebendo cerveja.
B: É, eu tomei uma caipirinha.
C: Eu falei: 'Você não vai comer antes?' E ela: 'Não.'
A: Ai, meu Deus!
B: Ué, gente. Como dizia o Chico Science, "uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor"...
C: Mas não podia tomar café da manhã antes?
B: Aí você me pegou...
Voltando de táxi da Casa da Matriz, depois de horas de som 'indie'. Presto atenção no som que tava rolando: era Flaming Lips. Um CD. O taxista era indie...

sábado, 17 de junho de 2006

Dizem que mulher se arruma pras outras mulheres. Eu não sei, mas, pra mim, nada como um elogio de viado.

Tô numa festa e encontro uma biba das antigas, que conheço desde 1996. Eu falo oi. E ele:

- O tempo só te fez bem.

Ganhei a noite.

sexta-feira, 16 de junho de 2006

Eu e a Marrom

Sempre quis ir num show da Alcione. Não é coisa de querer ser cult nem nada. Pra mim, a Alcione é assim: você pega um táxi e tá tocando o novo sucesso (ou algum antigo) dela. É exagerado, é lama, é fossa. Mas você tá sofrendo por amor. E aí você se identifica totalmente!

Foi assim no show ontem, no Canecão. Ela tem um vozeirão. Cantou "My funny valentine" (uma das minhas músicas-obsessão, tenho várias versões) e fez bonito. Aliás, ela tem muito em comum com as divas do jazz, sempre cantando como sofre por amor e se afunda no álcool. Só que com aquele exagero típico de latino. Se a gente for parar pra ver, muitas das mulheres do Chico Buarque sofrem tanto quanto as da Alcione. É claro que os arranjos e as letras não têm a mesma sofisticação, mas, no fundo, querem dizer a mesma coisa. Talvez a Alcione diga sem papas na língua.

Enfim. Você acaba vendo um pouco da sua história em alguma música, exageros à parte. Até porque os outros eu não sei, mas eu quando me apaixono, vivo intensamente a felicidade (e a tristeza, quando é o caso) de amar. E gosto de falar e ouvir sobre. É catártico. E agora ela não tem só as músicas de fossa, mas as que mostram como ela tá feliz (acho que a Alcione tá amando e sendo correspondida). E os sambinhas alegres também (ela é mangueirense e não deixa o público esquecer). Então, de um jeito ou de outro, você se identifica.

Depois de ter me divertido tanto ontem (e refletido, também, em alguns momentos, ahahaha), vai aí um clássico recente da Marrom:

Faz uma loucura por mim

Alcione

(Composição: Chico Roque/Sergio Caetano)

Faz uma loucura por mim
Sai gritando por aí, bebendo e chora
Toma um porre, picha um muro que me adora
Faz uma loucura por mim
Fica até de madrugada, perde a hora
Sai comigo pra gandaia noite afora

Só assim eu acredito nessa história
Que você sentiu saudades de me ter
Põe na prática besteiras da memória
Pensa menos, faz de tudo, manda ver
Vem pra dentro, tenta ser da mesma escória
Como já fiz mil loucuras por você

Nós dois
Se é pra recomeçar que seja até o fim
Nós dois
Se não é pra ficar não gaste o teu latim
Nos dois
Só posso te aceitar ao ver que você faz
uma loucura por mim

Depois
que você me provar que vai fazer assim
Depois
você pode provar o que quiser de mim
Depois
já posso acreditar que você foi capaz
de uma loucura por mim

Faz uma loucura por mim
Se tem outra em tua vida manda embora

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Ai, eu sou criativa

Você não ganhou nenhum brinde do Fashion Rio. Aí fica feliz porque sua colega conseguiu um pra você. Dentro da sacola vem um casulo. Ela: "Que nojo! Pode sair um bicho daí, joga fora!" E você: "Ah, eles não iam fazer isso! É de mentira. E tem coisinha dentro, vamos abrir." É difícil e vocês resolvem fazer isso depois.

Você vai pra casa. Já é tarde, o telefone toca. É sua colega de trabalho. "Não abre aquele casulo. Sabe o que tem dentro? Uma lagarta seca!"

Aí você pensa: que original esse povo da moda.

Fashion thoughts

As reles mortais se sentem um pouco vingadas depois de um desfile de biquíni: as modeletes todas são flácidas! Aí você pensa: pelo menos eu sou engraçada.

Ou tento ser.

=/

Tá, eu sou uma boa companhia pra falar merda. E sei cozinhar. Enfim.

segunda-feira, 5 de junho de 2006

Pragmatismo masculino

Lembrei de um diálogo genial, que aconteceu há alguns anos. Bunker, altas horas:

Ele: Você vai me pegar?
Eu: Não.
Ele: Então o que você tá fazendo com o meu uísque?