Samba e amor

Tenho muito sono de manhã

segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

Dos melhores de 2005

Fino Coletivo. Baixem.

Os alagoanos Wado, o fiel escudeiro Alvinho e Siri (Santo Samba) mais os cariocas Marcelo Frota e Alvinho Lancellotti (irmão de Domenico). O CD é uma delícia, o show é pra não ficar parado.

Coelhinha, se eu fosse como tu

Kamille - feliz natal! diz:
a mãe da g. disse que 2006 é o ano da justiça, no tarot

Kamille - feliz natal! diz:
as injustiças vão ser corrigidas

Kamille - feliz natal! diz:
então espera, nega

Amiga diz:
então o fulano vai ficar broxa, desempregado, careca e vai engordar 15kg

Kamille - feliz natal! diz:
ou vc vai ser mega feliz com um cara muito foda e ele vai olhar e vai se sentir péssimo pq vc vai estar linda e feliz com um cara lindo e feliz

Kamille - feliz natal! diz:
assim é bem mais divertido e,vou te dizer, rola

Kamille - feliz natal! diz:
é MUITO comum

Kamille - feliz natal! diz:
o cara fica lá, mordido, de ver a ex feliz sem ele

Amiga diz:
mas pra justiça ser completa eu tenho que estar feliz com um cara BONITO e foda E ELE CARECA, BARRIGUDO, BROXA E DESEMPREGADO.

Kamille - feliz natal! diz:
hahahahahahahah

Kamille - feliz natal! diz:
olha, barrigudo ele já é, não?

Amiga diz:
sim

Kamille - feliz natal! diz:
tá no caminho...

Amiga diz:
muito
Então é natal..pegue no meu papai diz:
minha empregada é filosofa

Kamille - feliz natal! diz:
sério? hehe

Então é natal..pegue no meu papai diz:
outro dia arrumando meus livros,perguntou: Vem cá, Thiely, as pessoas que escrevem esses livros vivem disso?

Então é natal..pegue no meu papai diz:
E eu: Algumas sim..a minoria, na verdade...mas geralmente eles ganham grana escrevendo mesmo..

Então é natal..pegue no meu papai diz:
ela: até esses grandões, né? que levam tempo...

Então é natal..pegue no meu papai diz:
eu: é...

Então é natal..pegue no meu papai diz:
(minuto de silêncio...ela esfregando a estante)

Então é natal..pegue no meu papai diz:
e me vem com a pérola: "Eles não têm o que fazer, não?"

Sabedoria feminina (ou: amigas)

morte aos ogros!!!! diz:
ela é bonita mas deve usar polaina, kakakakaka

Escritores da novíssima geração

Então é natal..pegue no meu papai diz:
heheh um filme trash na globo...

Então é natal..pegue no meu papai diz:
"você é escritor?", "sim.".. "e o que vc escreve?"..."camisetas"

Kamille - feliz natal! diz:
hahahahaha

Então é natal..pegue no meu papai diz:
"eu escrevi salvem os golfinhos"....

Então é natal..pegue no meu papai diz:
hehehe

Kamille - feliz natal! diz:
hahaha

Kamille - feliz natal! diz:
putz

Então é natal..pegue no meu papai diz:
o cara: "vc que escreveu o 'a vida é uma praia?".."nao, quem me dera...mas conheci ele numa festa..ele me esnobou"

Kamille - feliz natal! diz:
HAHAHAHAHAH

Kamille - feliz natal! diz:
que filme é esse?

Então é natal..pegue no meu papai diz:
nao sei,liguei agora...um dia louco..algo assim

sábado, 17 de dezembro de 2005

Meus amigos, meu tesouro

Maria Cecília fala do Time dos Bananas em seu blog. Taí, assino embaixo.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Romance epistolar do século XXI

(O) diz: amor perfeito é como utopia. a gente nunca chega lá, mas faz a gente andar pra frente.

Kamille diz: mas nada é perfeito, por que o amor seria?

(O) diz: é verdade. a única coisa perfeita é o fim. é a morte.

(O) diz: ih, caralho! começamos a filosofar. rararara

Kamille diz: hahaha. isso vira post.

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Diálogos que parecem esquetes

Eu: Tava rolando algum clima entre você e aquela menina?
L.: Eu fiquei com ela e agora toda vez que eu vou cumprimentar ela tenta me beijar.
Eu: Hahaha.
L.: É sério. Tenho que mirar na orelha pra acertar a bochecha...

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Too much information

Eu: Mas e aí, o que tem feito?
F.: Pra falar a verdade, tava dando uma cagada...
Eu: Ah... E eu te interrompi?
F.: De leve...
Da Carta Capital:

DE BONNER PARA HOMERO
O editor-chefe considera o obtuso pai dos Simpsons como o espectador padrão do Jornal Nacional

Por Laurindo Lalo Leal Filho*

Perplexidade no ar. Um grupo de professores da USP está reunido em torno da mesa onde o apresentador de tevê William Bonner realiza a reunião de pauta matutina do Jornal Nacional, na quarta-feira, 23 de novembro.

Alguns custam a acreditar no que vêem e ouvem. A escolha dos principais assuntos a serem transmitidos para milhões de pessoas em todo o Brasil, dali a algumas horas, é feita superficialmente, quase sem discussão.

Os professores estão lá a convite da Rede Globo para conhecer um pouco do funcionamento do Jornal Nacional e algumas das instalações da empresa no Rio de Janeiro. São nove, de diferentes faculdades e foram convidados por terem dado palestras num curso de telejornalismo promovido pela emissora juntamente com a Escola de Comunicações e Artes da USP. Chegaram ao Rio no meio da manhã e do Santos Dumont uma van os levou ao Jardim Botânico.

A conversa com o apresentador, que é também editor-chefe do jornal, começa um pouco antes da reunião de pauta, ainda de pé numa ante-sala bem suprida de doces, salgados, sucos e café. E sua primeira informação viria a se tornar referência para todas as conversas seguintes. Depois de um simpático “bom-dia”, Bonner informa sobre uma pesquisa realizada pela Globo que identificou o perfil do telespectador médio do Jornal Nacional. Constatou-se que ele tem muita dificuldade para entender notícias complexas e pouca familiaridade com siglas como BNDES, por exemplo. Na redação, foi apelidado de Homer Simpson. Trata-se do simpático mas obtuso personagem dos Simpsons, uma das séries estadunidenses de maior sucesso na televisão em todo o mundo. Pai da família Simpson, Homer adora ficar no sofá, comendo rosquinhas e bebendo cerveja. É preguiçoso e tem o raciocínio lento.

A explicação inicial seria mais do que necessária. Daí para a frente o nome mais citado pelo editor-chefe do Jornal Nacional é o do senhor Simpson. “Essa o Homer não vai entender”, diz Bonner, com convicção, antes de rifar uma reportagem que, segundo ele, o telespectador brasileiro médio não compreenderia.

Mal-estar entre alguns professores. Dada a linha condutora dos trabalhos – atender ao Homer –, passa-se à reunião para discutir a pauta do dia. Na cabeceira, o editor-chefe; nas laterais, alguns jornalistas responsáveis por determinadas editorias e pela produção do jornal; e na tela instalada numa das paredes, imagens das redações de Nova York, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, com os seus representantes. Outras cidades também suprem o JN de notícias (Pequim, Porto Alegre, Roma), mas elas não entram nessa conversa eletrônica. E, num círculo maior, ainda ao redor da mesa, os professores convidados. É a teleconferência diária, acompanhada de perto pelos visitantes.

Todos recebem, por escrito, uma breve descrição dos temas oferecidos pelas “praças” (cidades onde se produzem reportagens para o jornal) que são analisados pelo editor-chefe. Esse resumo é transmitido logo cedo para o Rio e depois, na reunião, cada editor tenta explicar e defender as ofertas, mas eles não vão muito além do que está no papel. Ninguém contraria o chefe.

A primeira reportagem oferecida pela “praça” de Nova York trata da venda de óleo para calefação a baixo custo feita por uma empresa de petróleo da Venezuela para famílias pobres do estado de Massachusetts. O resumo da “oferta” jornalística informa que a empresa venezuelana, “que tem 14 mil postos de gasolina nos Estados Unidos, separou 45 milhões de litros de combustível” para serem “vendidos em parcerias com ONGs locais a preços 40% mais baixos do que os praticados no mercado americano”. Uma notícia de impacto social e político.

O editor-chefe do Jornal Nacional apenas pergunta se os jornalistas têm a posição do governo dos Estados Unidos antes de, rapidamente, dizer que considera a notícia imprópria para o jornal. E segue em frente.

Na seqüência, entre uma imitação do presidente Lula e da fala de um argentino, passa a defender com grande empolgação uma matéria oferecida pela “praça” de Belo Horizonte. Em Contagem, um juiz estava determinando a soltura de presos por falta de condições carcerárias. A argumentação do editor-chefe é sobre o perigo de criminosos voltarem às ruas. “Esse juiz é um louco”, chega a dizer, indignado. Nenhuma palavra sobre os motivos que levaram o magistrado a tomar essa medida e, muito menos, sobre a situação dos presídios no Brasil. A defesa da matéria é em cima do medo, sentimento que se espalha pelo País e rende preciosos pontos de audiência.

Sobre a greve dos peritos do INSS, que completava um mês – matéria oferecida por São Paulo –, o comentário gira em torno dos prejuízos causados ao órgão. “Quantos segurados já poderiam ter voltado ao trabalho e, sem perícia, continuam onerando o INSS”, ouve-se. E sobre os grevistas? Nada.

De Brasília é oferecida uma reportagem sobre “a importância do superávit fiscal para reduzir a dívida pública”. Um dos visitantes, o professor Gilson Schwartz, observou como a argumentação da proponente obedecia aos cânones econômicos ortodoxos e ressaltou a falta de visões alternativas no noticiário global.

Encerrada a reunião segue-se um tour pelas áreas técnica e jornalística, com a inevitável parada em torno da bancada onde o editor-chefe senta-se diariamente ao lado da esposa para falar ao Brasil. A visita inclui a passagem diante da tela do computador em que os índices de audiência chegam em tempo real. Líder eterna, a Globo pela manhã é assediada pelo Chaves mexicano, transmitido pelo SBT. Pelo menos é o que dizem os números do Ibope.

E no almoço, antes da sobremesa, chega o espelho do Jornal Nacional daquela noite (no jargão, espelho é a previsão das reportagens a serem transmitidas, relacionadas pela ordem de entrada e com a respectiva duração). Nenhuma grande novidade. A matéria dos presos libertados pelo juiz de Contagem abriria o jornal. E o óleo barato do Chávez venezuelano foi para o limbo.

Diante de saborosas tortas e antes de seguirem para o Projac – o centro de produções de novelas, seriados e programas de auditório da Globo em Jacarepaguá – os professores continuam ouvindo inúmeras referências ao Homer. A mesa é comprida e em torno dela notam-se alguns olhares constrangidos.

* Sociólogo e jornalista, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Ingenuidade

Claro Que é Rock, domingo. Show do Iggy Pop.

v., de binóculo: Ih, olha ali a Bebel Gilberto do lado do Mike Patton. Tá dando mole pra ele, vai pegar.
eu: Que isso, ele é casado. Acho que a mulher veio junto, deve ser aquela ali perto deles.


Pelo telefone, ontem:

c.: O Mike Patton tá de cabelo curto e barbicha?
eu: Tá.
c.: Ele tava ontem de tarde no Arpoador, dando uns beijos na Bebel Gilberto.

...