Samba e amor

Tenho muito sono de manhã

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Muito interessante essa entrevista na Época. O cara é presidente de uma empresa de gestão de patrocínios e faz críticas severas (e bem diretas) às leis de incentivo à cultura aqui no Brasil.

Só um trechinho:

ÉPOCA - As empresas cujos logos aparecem na exibição de um filme nacional não financiam o cinema?
Sarkovas - Essas empresas não colocam dinheiro próprio para esse filme. Mais do que isso, elas recebem dinheiro público. Porque a dedução na Lei do Audiovisual é de 124% a 134%. Não é nem que ela seja integral, ela é sobreintegral. É uma lei que permite que uma pessoa jurídica utilize parte de seu imposto a pagar, ou seja, o dinheiro que ela devia ao Estado. Em vez de pagar ao Estado, ela se torna sócia da comercialização do filme, deduz 100% daquele valor do imposto a pagar e abate aquele valor do faturamento. O lucro declarado da empresa abaixa e o imposto que incide sobre esse montante cai ainda mais. A empresa usa dinheiro público e ainda lucra de 24% a 34% com o sucesso do filme.


Vai e confere a entrevista inteira.

Quero ver as reações às declarações dele. Como saber, o meio cultural é dos mais corporativistas que temos notícias por aqui.